sábado, 3 de janeiro de 2009

Davi e Golias

Era um gigante de quase dois metros que esbarrou em mim.
Tão pouco tinha de soldado, era talvez covarde demais para isso, mas imagino que tinha um coração grande em contrapartida das mãos. Carregava algo de suspeito nos ombros largos e um tanto caídos. Algo que me fez sorrir algumas vezes enquanto pensava na batalha.
O problema dele era viver nas alturas e me fazer tão distante do céu.
E aborrecidamente cansada de preparar grandes planos e frases perfeitas enfrentei o gigante sem armas.
Era evidentemente desvantajosa essa guerra, porém por um desatino imaginei que seria bom sentir a nuvem nos pés de novo (mesmo que essa nuvem fosse se tornar apenas uma garoa de fim de tarde).
Recolhi os pedregulhos que vi no meu caminho e os lancei o mais forte e mais certeiro possível. Errei.
O gigante não caiu e eu?Bem, eu não cai também, mas meu palpite sobre ele foi perdendo alguns centímetros no caminho de volta para casa.
Às vezes, é assim mesmo, as histórias da bíblia são apenas histórias, mas Deus permita que meus pés não se contentem com algodão e o gigante...O gigante ainda será um grande homem, ele só não pode se esconder nas alturas.