terça-feira, 29 de junho de 2010

La extranjera II

Vuelvo al café que me odia.
Y él cuando me ve, grita:
- ¡La chica tonta!
Siento que tal vez una lagrimita
Quiera partir de mi ojo izquierdo.
Pero río.
Él se enoja. Grita más fuerte:
- ¡La chica tonta!
Yo río más fuerte.
Él se tira a mi camisa blanca.
Silencio.
La taza toca el piso.
El café se fue.
Mi camisa se fue.
Resta yo.
Tal vez con el pecho,
Por primera vez,
Cálido.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

15 minutos para cafe

Percebo que no Chile, minha vontade de amar é maior.
Fico feliz com isso, e por isso amo, sem pudor, a tudo que me cerca.
Amo inclusive, a alguém, que por nao me amar, me deixa.
Amo o vazio que isso me provoca, amo a maneira com que meu corpo fica mais sensível ao frio depois dele.
Do vazio.
Minhas maos seguem geladas. Talvez, ainda mais geladas.
E eu sigo a rua, sozinha.
Sigo contente.
Sigo.
"Quizás", na companhia de minha melhor versao.
Perguntam-me porque eu nao prefiro escrever a mao. É simples, nao existe nada mais perigoso que uma folha em branco. Guardo meus perigos para dias feios, no improviso de guardanapo. Quando tudo se assegura que o sentimento só existe enquanto cai a chuva.
Perguntam-me porque eu nao escrevo sobre meus amores. É simples, nao há nada mais previsivelmente fatal que palavras de um amor sincero.