sábado, 26 de abril de 2008

Pensamentos Passageiros

Eu queria era ir pro céu, não no sentido figurado, no literal mesmo! Imagina como deve ser divino acordar com o sol, de fato, batendo no rosto...Acho que é por isso que criaram o sentido figurado da coisa.
A verdade é que não quero ter que arriscar morrer para me estirar em nuvens.
Se eu fosse exilada de todos os países do mundo teriam que me mandar logo pro espaço, mas o que eu teria que fazer?
Medéia matou os filhos e teve um carro flamejanto a seu dispor...Mas eu não tenho filhos...
Disseram-me que os santos ficam 15 minutos no purgatório e depois vão pro céu e o que é 15 minutos comparado a eternidade? Mas eu também já disse que quero ter que morrer...
Babel! Construção em pleno século XXI é balela...Será que algum engenheiro seguiria meu projeto?
Acho que não sou a única a querer subir ao céu...Quem conseguiu deve ouvir canção de motor de avião e ter pele negra por causa do sol...Eu queria ter pele negra! Será que a origem dos negros vem de cima? Não sei, mas ia ser engraçado se fosse...Imagina, o mundo todo, preconceito do jeitinho que é, sabendo que o maior desejo dele(s) é ser negro!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Escritos escolares: Folhas de caderno

E volto a escrever à caneta, sinto saudades das folhas brancas e do romantismo artificial ... Artificial, no meu caso. Voltei porque senti falta mesmo, falta de alimentar meu calo, falta dos rabiscos e de minha letra infantil.
Talvez, o café preto tenha ajudado e até mesmo a literatura por escolha, que finalmente me cabe, mas conto um segredo a esses papéis alvos, o motivo fundamental que reconheço vocês como amigas novamente, é ele. Sim, volto aos cadernos por um...Alguém. Tolice que jurei jamais fazer e que tenho certo meu arrependimento em documentar...

Caso, minhas amigas se sintam, imensamente, gratas com minha volta, atravessem o café e agradeçam a ele mesmo, mas não esqueçam de vestir alguma coisa bela, como palavras de amor.

domingo, 20 de abril de 2008

Não se preocupe, o problema é o mau tempo. Dia de chuva é perigoso, põe as pessoas coagidas em baixo de um plástico amarelo, xadrez ou transparente e faz com que elas se sintam erradas aonde se encontram. É um longo aviso de que permanecer no próprio casulo é a melhor maneira de encontrar real abrigo, mas um que muitas vezes te obriga a fingir satisfação e gozo e não tédio e despretensão. A verdade: É tudo mentira!

sábado, 5 de abril de 2008

Ilustres anônimos


Eram três jovens comuns, se não julgados pelos paletós que trajavam,

dispostos lado a lado em bar conhecido da cidade.

Esperavam outros três com cerveja, papel e caneta.

Alegria maior a minha que fazia parte dessa trindade,

pois ali tive a oportunidade de conhecer importantes homens

que um dia farão história dentro de um livro.


Mas, amigos, não neguem o dom da palavra que os acompanha,

mesmo quando não o queiram.

Neguem antes os chutes embaixo da mesa

e as histórias inventadas em razão do

sono da menina.