quinta-feira, 19 de março de 2009

Mônica corta o cabelo.

Sem dúvida, com propósitos diferentes da Bernice de Fitzgerald. Mônica vê, pouco a pouco, os fios escuros desfilando no ar ou mesmo tantos outros presos às costas de sua blusa nova.
Caem com eles, particularmente, algumas gotas de choro e sem nenhum discurso planejado para explicar algo que não se precisa, ela sorri. Sorri como se pudesse esconder entre os dentes brancos e brilhantes, suas lágrimas.
Mônica corta o cabelo e aceita; o sono após a refeição, a centrifuga suja de cenoura mais de uma vez por dia, as rezas e mandingas, os olhos marejados dos personagens distantes, a comida “não comida” do avião e o varal de lenços que se estende na casa em frente ao mar.
Mônica corta o cabelo. E com ela, mais uma e outra e mais outra e mais uma outra.
Sim. Preparem mais varais.

Nenhum comentário: