quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Sem querer ser sereia.

“Ao meu pai,
Um eterno afogado nos encantos de mamãe.”


Figura enigmática,
Cintura fina,
Quadril largo,
Intencionalmente acomodado
Em qualquer lugar bem planejado.

Entoa de forma inesquecível
Uma voz que fascina
Cala a paz,
Cega a vida.

Inalcançável e tão sozinha,
Se faz mulher
E tão menina.

E por querer alguém pra companhia,
Naufraga a todos
Sem melodia.

Triste fim de uma sereia
Amada por marinheiros
Que dela prisioneiros
Nunca se tornarão amantes.

E se me pedires conselho
Não te amarres nas
Ilusões dos teus consolos.
Direis: Afogue-se!

Um comentário:

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